Demally U N R E A C H A B L E
Depois daquele almoço em família a gente não passava um único dia sem se ver. A gente saia, ia assistir um filme, ia ao circo, saia com alguns amigos de Demi, que acabaram se tornando meus amigos também, e jantámos fora com ou sem nossa família, fazíamos piqueniques, passávamos a tarde lendo, jogando vídeo game e até íamos no Grupo de Apoio regularmente. Todos sabiam que estávamos namorando e todos estavam muito felizes pela gente.
Quando eu estava muito cansada e ofegante, Demi ia para minha casa e ficava lá deitada do meu lado até eu me sentir um pouco melhor, então ia atrás de alguma coisa pra gente fazer, ler, jogar ou assistir. E quando sua perna doía mais e a deixava meio desconfortável para andar eu ia para sua casa e ficávamos o dia inteiro deitadas conversando ou simplesmente dormindo.
Meu aniversário de 18 anos chegou e eu disse que não queria nenhum presente, ela prometeu que não me daria nada. Mas ela me acordou às 6:00h da manhã e me entregou uma caixa.
Eu: “Eu disse que não queria nenhum presente e você prometeu que não me daria.”
Demi: “Não é um presente se não estiver embrulhado em papel de presente.”
E me deu aquele seu sorriso torto que eu tanto amo. Eu abri a caixa, fina e comprida e deu um grito de animação ao reconhecer o conteúdo. Era a varinha de Sirius Black, uma réplica exata em resina. Um verdadeiro item de colecionador. Eu coloquei a caixa com cuidado na cama e me joguei nela para abraçá-la. Demi riu, me beijou e disse para mim descer que ela ia ajudar minha mãe a fazer o café e poderíamos começar a comemorar. Eu sabia que era da coleção dela de varinhas e aquele simples gesto de me dar algo que, para muitas pessoas parecia apenas um graveto com desenhos, significava que ela realmente gosta de mim. Um potterhead nunca, jamais, dá algo de sua coleção para alguém a menos que essa pessoa signifique muito para ela. E, apesar de não ser do seu personagem favorito, eu sei o quanto foi difícil se livrar dele para me dar.
Mais alguns meses se passaram e eu nunca foi tão feliz na minha vida. A gente nunca tinha passado de beijos, pois ela tinha medo de fazer algo que meus pulmões frágeis não suportariam. Mas eu estava ansiando por ela. Precisava dela. Também não tínhamos dito que nos amávamos, apesar de saber que a gente fazia. Até aquele momento, nosso “TE AMO” era dito com “você tem uma pele legal”, equivalente de um “eu te amo” para um potterhead, sussurrado em alguns momentos bem pensados.
Era julho quando eu liguei para ela logo depois de acordar, algo que fazíamos todo dia como um ritual antes de sequer levantar, e percebi pela sua forma de atender que havia algo errado.
Ela não falou seu famoso: “Boa dia, Ally Brooke” ou “bom dia, senhorita Mau Humor” ou usou seu apelido que havia inventado para mim “bom dia, duende” por eu ser mais baixa que ela. Foi um simples “bom dia” e logo perguntei: “O que aconteceu?”
Ela suspirou. “Minha perna está doendo.” Respondeu. “Tomei um remédio pra dor, deve passar logo.”
“Eu também tenho câncer, Demi. Eu sei que remédios para dor não adiantam em nada.” Falei.
“Bom, senhorita Eu-Também-Tenho-Câncer, só estou tentando te deixar despreocupada.” Eu sabia que ela estava tentando fazer uma brincadeira, mas sua voz não parecia em nada quando ela tinha um sorriso iluminando seu rosto.
“ESTOU INDO AÍ.” Disse, já me levantando.
Demi não me respondeu, sabendo que dizer para eu não ir seria quebrar nossa regra de apoiar enquanto a outra estava com dor. Eu me troquei em tempo recorde, tomei um suco e comi uma maçã e dirigi até sua casa. Seu irmão atendeu a porta e nem ele tinha o famoso sorriso Lovato. Seu cabelo, que ele pintava constantemente, claro, mas ele não exalava a alegria que seu cabelo fazia.
Ele me deu bom dia e me deixou entrar, eu não esperei ele falar nada e subi direto para o quarto. Demi estava encolhida na cama, os olhos fechados, coberta com a colcha laranja. Eu suspirei e deitei ao seu lado, por cima da colcha.
“Bom dia, DM.” Sussurrei em sua orelha, passando meu braço em volta dela. Acabei me acostumando a usar seu apelido graças aos seus amigos que só a chamavam assim.
Demi se virou para mim e sorriu. “BOM DIA, DUENDE.” Respondeu. “Já estou melhor, a dor está passando.” Declarou.
“QUE BOM.” Eu disse, beijando sua testa suavemente.
Ficamos deitadas lá por mais uma hora, antes que ela declarou que realmente precisava ir ao banheiro. Eu soltei meu braço dela e ela jogou a colcha pra longe, levantando devagar, testando sua perna.
Foi quando eu vi que ela usava uma camiseta larga do Pernalonga e uma cueca boxer marrom, com a costura amarela, e as caras do Tico e Teco na bunda. Eu segurei uma risada, lembrando que era a primeira vez que a via tão sem roupa. Demi pareceu não perceber com quão pouca roupa ela realmente usava e andou até o banheiro do corredor, que era apenas dela, já que ela havia banido os homens de usá-lo por nunca levantarem a tampa.
Ela demorou uns cinco minutos e quando voltou seus cabelos estavam penteados e eu tinha quase certeza que ela havia escovado os dentes. Ela ainda usava as mesmas roupas, ou melhor, quase nada delas, e eu deixei meus olhos vagarem por seu corpo. Ela estava sem sutiã, eu podia dizer, e na frente de sua cueca estava escrito Tico e Teco na coxa direita e era nessa mesma coxa que eu vi uma cicatriz disforme, acima do joelho, subia e sumia debaixo das “PERNAS” da cueca.
Demi percebeu que eu estava olhando e se virou rapidamente para pegar uma calça no seu guarda roupa. Eu já havia a visto de calção, mas todos eles iam para baixo do joelho e eu nunca havia visto sua cicatriz. Ela deve estar pensando que eu estava enojada com aquela linha meio torta. Eu me levantei depressa e atravessei o quarto para abraçá-la por trás e segurar suas mãos, que pegavam a primeira calça à vista.
“NÃO.” Eu sussurrei, beijando seu pescoço levemente. “Desculpe-me por olhar, eu estava admirando esse seu belo corpo e você deve admitir que é impossível não ver.”
Ela suspirou e deixou a calça cair no chão, seus ombros também despencaram e ela olhou para baixo, provavelmente olhando sua cicatriz. “VOCÊ...”
“VOCÊ É LINDA.” A cortei, tendo certeza que ela ia perguntar se eu a achava feia por aquilo, ou que eu não queria nem chegar perto daquela cicatriz. “Nunca duvide disso. Essa cicatriz faz parte de quem você é e eu não tenho nenhum problema com ela.”
Ela relaxou um pouco, mas não totalmente. Foi um movimento súbito, que nem eu mesma notei o que fazia, até que eu senti minhas mãos apalpando seus seios perfeitamente redondos por cima da camiseta. Ela suspirou e segurou minha mão com as suas.
“Allyson...”
Ela ia me interromper, tenho certeza, tinha medo de acabar me deixando mal. “EU TE AMO.” Sussurrei em seu ouvido. Suas mãos ficaram moles sobre as minhas, ela fora pega totalmente de surpresa. Demi se virou para mim, procurando nos meus olhos a verdade. “EU TE AMO.” Repeti mais alto, sorrindo. “Demais.”
Demi sorriu também e me beijou. Minhas mãos subiram novamente, dessa vez por dentro de sua camisa e eu segurei seus seios de novo. “EU TE AMO.” Ela falou para mim, enquanto beijava meu pescoço e me levava lentamente para a cama, onde ela me deitou com cuidado.
Demi abriu o zíper do meu vestido e eu tirei sua camiseta, maravilhada pela visão que recebi.
Estávamos deitadas lado a lado na cama, eu estava muito ofegante, mas sua respiração já tinha se normalizado. Foi totalmente diferente do que eu pensei que seria. Foi carinhoso, cheio de amor, sem dor e calmo. Não houve gritos, não houve palavra nenhuma, foram apenas toques simples, mas que me deixavam tão extasiada.
Eu deitei a cabeça em seu ombro e ela me abraçou, beijando minha testa. “COMO SE SENTE?”
“Nunca estive tão bem na minha vida.” Respondi com um enorme sorriso.
“Tem certeza? Sua respiração está muito acelerada.”
“TENHO.” Levantei minha cabeça e a beijei, antes de suspirar de felicidade e deitar minha cabeça em seu ombro de novo. “EU TE AMO.”
“EU TAMBÉM TE AMO.”
Quando eu estava muito cansada e ofegante, Demi ia para minha casa e ficava lá deitada do meu lado até eu me sentir um pouco melhor, então ia atrás de alguma coisa pra gente fazer, ler, jogar ou assistir. E quando sua perna doía mais e a deixava meio desconfortável para andar eu ia para sua casa e ficávamos o dia inteiro deitadas conversando ou simplesmente dormindo.
Meu aniversário de 18 anos chegou e eu disse que não queria nenhum presente, ela prometeu que não me daria nada. Mas ela me acordou às 6:00h da manhã e me entregou uma caixa.
Eu: “Eu disse que não queria nenhum presente e você prometeu que não me daria.”
Demi: “Não é um presente se não estiver embrulhado em papel de presente.”
E me deu aquele seu sorriso torto que eu tanto amo. Eu abri a caixa, fina e comprida e deu um grito de animação ao reconhecer o conteúdo. Era a varinha de Sirius Black, uma réplica exata em resina. Um verdadeiro item de colecionador. Eu coloquei a caixa com cuidado na cama e me joguei nela para abraçá-la. Demi riu, me beijou e disse para mim descer que ela ia ajudar minha mãe a fazer o café e poderíamos começar a comemorar. Eu sabia que era da coleção dela de varinhas e aquele simples gesto de me dar algo que, para muitas pessoas parecia apenas um graveto com desenhos, significava que ela realmente gosta de mim. Um potterhead nunca, jamais, dá algo de sua coleção para alguém a menos que essa pessoa signifique muito para ela. E, apesar de não ser do seu personagem favorito, eu sei o quanto foi difícil se livrar dele para me dar.
Mais alguns meses se passaram e eu nunca foi tão feliz na minha vida. A gente nunca tinha passado de beijos, pois ela tinha medo de fazer algo que meus pulmões frágeis não suportariam. Mas eu estava ansiando por ela. Precisava dela. Também não tínhamos dito que nos amávamos, apesar de saber que a gente fazia. Até aquele momento, nosso “TE AMO” era dito com “você tem uma pele legal”, equivalente de um “eu te amo” para um potterhead, sussurrado em alguns momentos bem pensados.
Era julho quando eu liguei para ela logo depois de acordar, algo que fazíamos todo dia como um ritual antes de sequer levantar, e percebi pela sua forma de atender que havia algo errado.
Ela não falou seu famoso: “Boa dia, Ally Brooke” ou “bom dia, senhorita Mau Humor” ou usou seu apelido que havia inventado para mim “bom dia, duende” por eu ser mais baixa que ela. Foi um simples “bom dia” e logo perguntei: “O que aconteceu?”
Ela suspirou. “Minha perna está doendo.” Respondeu. “Tomei um remédio pra dor, deve passar logo.”
“Eu também tenho câncer, Demi. Eu sei que remédios para dor não adiantam em nada.” Falei.
“Bom, senhorita Eu-Também-Tenho-Câncer, só estou tentando te deixar despreocupada.” Eu sabia que ela estava tentando fazer uma brincadeira, mas sua voz não parecia em nada quando ela tinha um sorriso iluminando seu rosto.
“ESTOU INDO AÍ.” Disse, já me levantando.
Demi não me respondeu, sabendo que dizer para eu não ir seria quebrar nossa regra de apoiar enquanto a outra estava com dor. Eu me troquei em tempo recorde, tomei um suco e comi uma maçã e dirigi até sua casa. Seu irmão atendeu a porta e nem ele tinha o famoso sorriso Lovato. Seu cabelo, que ele pintava constantemente, claro, mas ele não exalava a alegria que seu cabelo fazia.
Ele me deu bom dia e me deixou entrar, eu não esperei ele falar nada e subi direto para o quarto. Demi estava encolhida na cama, os olhos fechados, coberta com a colcha laranja. Eu suspirei e deitei ao seu lado, por cima da colcha.
“Bom dia, DM.” Sussurrei em sua orelha, passando meu braço em volta dela. Acabei me acostumando a usar seu apelido graças aos seus amigos que só a chamavam assim.
Demi se virou para mim e sorriu. “BOM DIA, DUENDE.” Respondeu. “Já estou melhor, a dor está passando.” Declarou.
“QUE BOM.” Eu disse, beijando sua testa suavemente.
Ficamos deitadas lá por mais uma hora, antes que ela declarou que realmente precisava ir ao banheiro. Eu soltei meu braço dela e ela jogou a colcha pra longe, levantando devagar, testando sua perna.
Foi quando eu vi que ela usava uma camiseta larga do Pernalonga e uma cueca boxer marrom, com a costura amarela, e as caras do Tico e Teco na bunda. Eu segurei uma risada, lembrando que era a primeira vez que a via tão sem roupa. Demi pareceu não perceber com quão pouca roupa ela realmente usava e andou até o banheiro do corredor, que era apenas dela, já que ela havia banido os homens de usá-lo por nunca levantarem a tampa.
Ela demorou uns cinco minutos e quando voltou seus cabelos estavam penteados e eu tinha quase certeza que ela havia escovado os dentes. Ela ainda usava as mesmas roupas, ou melhor, quase nada delas, e eu deixei meus olhos vagarem por seu corpo. Ela estava sem sutiã, eu podia dizer, e na frente de sua cueca estava escrito Tico e Teco na coxa direita e era nessa mesma coxa que eu vi uma cicatriz disforme, acima do joelho, subia e sumia debaixo das “PERNAS” da cueca.
Demi percebeu que eu estava olhando e se virou rapidamente para pegar uma calça no seu guarda roupa. Eu já havia a visto de calção, mas todos eles iam para baixo do joelho e eu nunca havia visto sua cicatriz. Ela deve estar pensando que eu estava enojada com aquela linha meio torta. Eu me levantei depressa e atravessei o quarto para abraçá-la por trás e segurar suas mãos, que pegavam a primeira calça à vista.
“NÃO.” Eu sussurrei, beijando seu pescoço levemente. “Desculpe-me por olhar, eu estava admirando esse seu belo corpo e você deve admitir que é impossível não ver.”
Ela suspirou e deixou a calça cair no chão, seus ombros também despencaram e ela olhou para baixo, provavelmente olhando sua cicatriz. “VOCÊ...”
“VOCÊ É LINDA.” A cortei, tendo certeza que ela ia perguntar se eu a achava feia por aquilo, ou que eu não queria nem chegar perto daquela cicatriz. “Nunca duvide disso. Essa cicatriz faz parte de quem você é e eu não tenho nenhum problema com ela.”
Ela relaxou um pouco, mas não totalmente. Foi um movimento súbito, que nem eu mesma notei o que fazia, até que eu senti minhas mãos apalpando seus seios perfeitamente redondos por cima da camiseta. Ela suspirou e segurou minha mão com as suas.
“Allyson...”
Ela ia me interromper, tenho certeza, tinha medo de acabar me deixando mal. “EU TE AMO.” Sussurrei em seu ouvido. Suas mãos ficaram moles sobre as minhas, ela fora pega totalmente de surpresa. Demi se virou para mim, procurando nos meus olhos a verdade. “EU TE AMO.” Repeti mais alto, sorrindo. “Demais.”
Demi sorriu também e me beijou. Minhas mãos subiram novamente, dessa vez por dentro de sua camisa e eu segurei seus seios de novo. “EU TE AMO.” Ela falou para mim, enquanto beijava meu pescoço e me levava lentamente para a cama, onde ela me deitou com cuidado.
Demi abriu o zíper do meu vestido e eu tirei sua camiseta, maravilhada pela visão que recebi.
Estávamos deitadas lado a lado na cama, eu estava muito ofegante, mas sua respiração já tinha se normalizado. Foi totalmente diferente do que eu pensei que seria. Foi carinhoso, cheio de amor, sem dor e calmo. Não houve gritos, não houve palavra nenhuma, foram apenas toques simples, mas que me deixavam tão extasiada.
Eu deitei a cabeça em seu ombro e ela me abraçou, beijando minha testa. “COMO SE SENTE?”
“Nunca estive tão bem na minha vida.” Respondi com um enorme sorriso.
“Tem certeza? Sua respiração está muito acelerada.”
“TENHO.” Levantei minha cabeça e a beijei, antes de suspirar de felicidade e deitar minha cabeça em seu ombro de novo. “EU TE AMO.”
“EU TAMBÉM TE AMO.”
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