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A Walk To Remember Fayeyoko

Não pretendia atualizar hoje, mas a história alcançou 1k de views então para comemorar aqui está mais um capítulo para vocês! Continuem comentando tenho amado ler o que estão achando.

XXX


"Cento e cinquenta mil."

"Ele tem um novo V6 e transmissão. Rodas de liga leve. cento e oitenta." Faye rebateu.

O comprador, incerto, dividiu seu olhar entre Faye e o Camaro impecável à sua frente. "Cento e sessenta.", propôs ele.

"Nova pintura. Cromada. Interior recondicionado. cento e oitenta."

"Garota, você não pode esperar que eu pague pelo seu apego ao carro."

"Eu não estou esperando, espero que você me pague pelo seu." Faye disse, confiante.

O comprador, impressionado com a perspicácia e determinação de Faye, reconsiderou sua oferta. Mais uma vez, ele examinou o Camaro com atenção, como se estivesse buscando um motivo para negar o preço que ela pedia.

Com um suspiro resignado, ele entrou na loja para fazer a transferência. Faye o acompanhou e fecharam o negócio, quando saiu de dentro da loja ela colocou a mão no capô do seu bebê e foi embora.


XXX


Estar na escola nas férias era estranho. Faye entrou no estacionamento e ficou aliviada ao ver o carro da Diretora Dang em sua vaga reservada.

Ela entrou no escritório de Dang e a diretora ergueu os olhos da papelada em sua mesa. Ela quase empalideceu quando viu que Faye estava parada na frente dela.

"Malisorn?"

Ela depositou um maço de dinheiro dobrado em sua mesa. "Para a Escola Bonai. Para a biblioteca."

Dang ergueu os olhos do dinheiro e a olhou com desconfiança. "Onde você conseguiu?"

"É meu dinheiro, posso fazer o que quiser com ele. Eu não roubei." Respondeu, irritada por ter sido magoada com a implicação.

"Eu não disse que você roubou." Dang disse, mas parecendo culpada. Faye já tinha ouvido o suficiente. Ela saiu furiosa da escola e partiu em sua bicicleta velha.


XXX


Faye parou em sua garagem com os braços cruzados enquanto o caminhão de reboque baixava o Yugo abandonado. Ela pagou o homem do reboque e deu a volta no carro, animada para começar.

Um som de passos na calçada a fez se virar, revelando Yoko parada ali, um sorriso tímido nos lábios. "Ei," Faye a saudou, surpresa.

"Eu soube o que você fez. Obrigada." Yoko mudava de um pé para o outro, como se quisesse dizer mais. Quando ela não o fez, Faye decidiu mudar de assunto.

"Ele não é incrível?" Ela perguntou, acenando com a cabeça para o carro.

Yoko a encarou por um momento, antes de questionar: "Por que está fazendo tudo isso, Faye? Para me impressionar?"

Faye riu. "Não. Mas você está impressionada?" Ela ergueu uma sobrancelha.

Yoko apenas lançou-lhe um olhar que dizia 'não force', e Faye entendeu. Ela apenas observou enquanto Yoko voltava para o carro.


XXX


Com o retorno das aulas, Faye se viu mergulhada em um mar de estudos. Seu progresso com Yoko era lento, as duas trocavam apenas algumas conversas curtas e sorrisos tímidos pelos corredores, mas a garota de olhos castanhos parecia sempre distante.

Com exceção de Lux, suas amigas também não tinham estado muito por perto recentemente. Não desde a peça. Havia, no entanto, um lado bom sobre todo o tempo de férias, pois isso permitiu que ela terminasse de trabalhar no yugo, que agora era dirigível.

Ela também se acostumou com os sussurros dos que passavam por ela, mas ela nunca seria incomodada por essas pessoas.

Caminhando pelos corredores, Faye sentia que os olhares sobre ela eram mais frequentes do que o normal. Ou talvez estivesse apenas mais atenta, incomodada com a sensação de ser observada. De qualquer forma, ignorando a inquietação, ela seguiu em direção ao refeitório.

Ao chegar no início do corredor, ela jurou ter visto Yoko seguindo Dara, ambas se encaminhando para o refeitório. Piscou, mas quando as procurou com os olhos, elas já haviam desaparecido. Foi quando alguém lhe entregou um folheto, e ao olhar para o papel, Faye percebeu que quase todos os outros alunos também o estavam segurando.

Com o coração batendo forte, ela desdobrou o folheto e a bile subiu em sua garganta. Era uma foto grotesca editada no Photoshop: o corpo de uma mulher em biquíni com a legenda "VIRGEM MARIA" em letras garrafais. Colado sobre a cabeça da modelo, um rosto familiar: a foto de Yoko da peça.

Obviamente falso, o folheto não tinha a intenção de ser convincente. Mas Faye sabia que o objetivo havia sido alcançado: causar dor e humilhação. Com raiva, ela amassou o papel na mão e correu em direção ao refeitório.

No meio da multidão, Yoko estava de costas para ela, cercada por pessoas que seguravam os panfletos e riam. Gritos de "Belo corpo!" e outras ofensas ecoavam pelo local, fazendo Faye sentir o sangue pulsar em seus ouvidos. Dara e Naga estavam ao lado de Yoko, e um sorriso maldoso se formou nos lábios de Dara quando ela viu Faye se aproximar.

Yoko se virou para fugir, mas Faye estava lá e a pegou nos braços, segurando-a perto. A garota segurou firmemente enquanto apertava o tecido da jaqueta de Faye e enterrou a cabeça no ombro da garota mais alta.

"Calma, calma, calma. Estou aqui com você." A voz de Faye tremia junto com seu corpo. Ela encarou Naga, que a observava com desprezo evidente. Com cuidado, se afastou um pouco e Yoko também, a garota parecia totalmente quebrada e humilhada. As lágrimas em seus olhos trouxeram lágrimas aos olhos da própria Faye. "Isso é sobre mim, está bem?" Ela segurou o rosto de Yoko com delicadeza. "Não tem nada a ver com você."

Yoko assentiu em silêncio. Faye largou a mochila no chão. "Fica aqui." Ela disse a Yoko gentilmente, em seguida, caminhou até Naga, furiosamente arrebatando um panfleto das mãos de Dara no caminho.

Naga, com um tom calmo e arrogante, disse: "Ei, Fayezinha...". Faye entregou-lhe o folheto e ele o pegou. "Não admira que você a tenha mantido para você. Quer dizer, eu não tinha ideia de que isso estava por trás de tudo aquilo. Certifique-se de compartilhar ela quando terminar."

Um estalo ecoou pelo ar quando o punho de Faye acertou a mandíbula de Naga, jogando-o no chão. Sem hesitar, ela se virou e marchou para longe, sem sequer olhar para trás. Seu foco se voltou para Yoko, assumindo novamente uma expressão de preocupação. Ela segurou o rosto da garota com a delicadeza de quem segura algo frágil, como se pudesse se despedaçar a qualquer momento. "Você está bem?", perguntou Faye com a voz suave. Yoko, ainda abalada, assentiu com a cabeça. "Vamos sair daqui."

Faye pegou sua mochila do chão e colocou um braço protetor em volta dos ombros de Yoko, guiando-a para fora da escola, descendo os degraus.

Ela parou por um instante, afastando o cabelo do rosto de Yoko com uma das mãos enquanto enxugava as lágrimas com a outra. "Me desculpe, meu bem. Me desculpe por tudo isso. Eles são animais." Yoko, sem responder, apenas fechou os olhos com força, as lágrimas continuaram a rolar pelo seu rosto. "Quer que eu te leve para casa?", perguntou Faye com cuidado.

Yoko, em silêncio, assentiu com a cabeça e se aproximou de Faye enquanto caminhavam em direção ao carro.


XXX


"Tem certeza de que está bem?" Faye perguntou pela milionésima vez ao chegarem na casa de Yoko.

Yoko respondeu apenas com um murmúrio: "Mmhmm." Seus olhos, no entanto, pareciam um pouco mais vibrantes. "Estou bem. Mas obrigada por tudo."

Faye assentiu, mas não pôde evitar franzir a testa. Sabia que não merecia nada de Yoko, muito menos um agradecimento. Lentamente, levou a mão ao rosto da garota, concedendo-lhe tempo para se afastar caso desejasse. Não queria pressioná-la, mas seus dedos ansiavam por tocar Yoko. Quando o fez na escola, mais cedo, a garota fechou os olhos e se inclinou em sua direção, e Faye ansiava por repetir esse gesto para sempre. Admirava a paz que se instalava no rosto de Yoko nesse momento.

Yoko se preparou para abrir a porta do carro, mas Faye pousou a mão suavemente em seu braço. "Ei, eu, hum, queria te perguntar uma coisa."

"Ok" respondeu Yoko.

Com um fio de esperança, Faye perguntou: "Você gostaria de jantar comigo no sábado à noite?"

Yoko abaixou os olhos. "Hum, desculpe, mas não posso fazer isso." A tentativa de Faye de disfarçar sua decepção foi em vão.

"Ah, tudo bem. Você tem algum compromisso ou...?"

Yoko balançou a cabeça. "Não, não é isso."

"Então o que é?", perguntou Faye gentilmente.

"Eu não tenho permissão para namorar." Yoko parecia genuinamente triste em dizer isso.


XXX


Faye pigarrou, e o reverendo Apsara ergueu os olhos de seu trabalho.

"Posso ajudar em algo?", perguntou ele, tomando um gole de água.

"Com o devido respeito, senhor, eu gostaria de convidar sua filha, Yoko, para jantar comigo no sábado à noite", disse Faye, aproximando-se da mesa com cautela.

"Isso não será possível", respondeu o Sr. Apasra prontamente.

"Com todo o respeito, senhor, peço que reconsidere", insistiu Faye, mantendo a calma.

"Com todo o respeito, Srta. Malisorn, já tomei minha decisão", disse ele, voltando a se concentrar em seu trabalho. "Pode se retirar pela mesma porta por onde entrou."

Faye permaneceu em silêncio por um instante. Então, com firmeza, disse: "Olha, senhor, eu sinto muito por não ter tratado Yoko como ela merece. Ela é uma pessoa incrível e merece muito mais do que eu já lhe dei. Na verdade, ela merece tudo. Só estou pedindo a você o mesmo que o senhor nos ensina todos os domingos na igreja: fé."

O reverendo finalmente a olhou nos olhos.

"Eu não quero vê-la machucada."

"Eu não faria isso."

"Esta semana."

"Nunca mais." Faye falou, com firmeza.

O reverendo ponderou suas palavras, olhando pela janela. "Tudo bem", ele disse finalmente. "Mas quero que ela esteja em casa antes da meia-noite. E dirija com cuidado."

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