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A Walk To Remember Fayeyoko

Oi gente, percebi uma movimentação de leitores chegando para acompanhar a história. Me alegra que estejam aqui. Façam uma autora feliz e comentem bastante nos capítulos, ler o que vocês estão achando da história dá ânimo para voltar mais rápido. #ficAWTR


XXX


Em meio ao palco do auditório, o clube de teatro se reunia em um círculo de cadeiras. Faye, com um humor visivelmente azedo, tamborilava os dedos em seu roteiro enquanto Charlotte entoava as falas em voz alta.

ENSAIO DA PEÇA:

Charlotte: (Com tom dramático, como Lola na peça) Quando você soube, Mary?

Faye: (Visivelmente irritada, virando-se para Charlotte) Soube o quê?

Charlotte: (Entrando completamente no personagem) Que estávamos apaixonadas?

Faye: (Suspirando, olhando para o roteiro) Amor? Querida, acredite em mim, você não vai querer se apaixonar por alguém como eu.

Malisorn de repente estava muito ciente dos olhos de Yoko sobre ela.

Charlotte: (Ignorando Faye, com paixão) É tarde demais, Mary. Estou completamente apaixonada por você. Sinto cada respiração, cada detalhe. E você não sente?

Faye: (Rindo sem graça enquanto se encolhe, recebendo um olhar fulminante de Engfa) Sim, eu... não sei o que estou bebendo, querida, mas se isso é amor, me sirva outro copo! (Rindo novamente, enquanto Engfa fica vermelha de raiva.)

"Senhorita Malisorn," A professora Waan interveio, "você está tentando ser ruim em atuar?"

"Ah, não professora. Isso vem naturalmente." Ela disse com um sorriso encantador. Todo mundo riu.

"Tudo bem, pessoal, vamos para a parte final."

Yoko finalmente desvia o olhar de Faye e volta sua atenção para o roteiro, balançando a cabeça com um sorriso discreto.


XXX


A noite caía sobre a cidade, e a chuva fria chicoteava o rosto de Faye enquanto ela saía do auditório, seguindo atrás do grupo. Seus olhos vasculhavam a multidão em busca de Lux e seu jipe, mas em vão. A frustração crescia dentro dela a cada segundo que passava.

De repente, Yoko parou ao seu lado, como um fantasma surgindo da escuridão. Faye não pôde conter um suspiro de irritação.

"Você parece uma mosca, zumbindo de um lado para o outro," disse Faye, sem sequer olhar para a outra garota.

"Esta peça significa muito para mim." Yoko pareceu explodir, suas emoções assumindo o controle.

Malisorn bufou, incrédula. "Essa peça?"

"Eu sei que você não é tão ruim em atuar," continuou Yoko, ignorando o comentário sarcástico. "Então, te mataria tentar?"

"Sim. E eu sou muito jovem para morrer, fofinha."

Yoko suspirou. "Está tudo bem, eu entendo. Você precisa fazer piada de tudo porque só idiotas e perdedores gostam de teatro."

Faye a encarou, desafiadora. "Do que você está falando?"

Yoko parou por um momento. "Eu também posso julgar."

Faye exalou, olhando para ela, desafiando-a. Então, Yoko ousou dizer.

"Você não se preocupa com as aulas ou com a formatura. Mas você gosta da escola porque é popular e sabe que nunca estará no topo novamente."

Faye soltou uma risada amarga. "Isso foi profundo, fofinha."

"Sua atuação só funciona com um público, Fa." Yoko disse com convicção.

"Minha atuação?!" Faye exclamou, sua voz subindo de tom. Essa garota atrevida estava começando a tirar a sua paciência.

Sem mais uma palavra, Yoko se dirigiu para o seu carro, o último no estacionamento. Faye olhou para o relógio e novamente ao redor, ainda sem sinal de Lux.

Momentos depois, ela parou na frente do carro de Yoko, no momento em que a garota ligava o motor. Por uma fração de segundo, Faye acreditou ter visto um brilho nos olhos de Yoko que dizia 'Eu não me importaria de atropelar você agora'. Touché, Faye pensou, ela estava bem ciente de que não tinha sido nada além de uma idiota com Yoko.

Ela interpretou o fato de ainda estar de pé como um bom sinal. Decidida a resolver a situação, ela se aproximou do carro de Yoko, que já havia baixado a janela.

"Sentindo-se cristã hoje, querida?" Malisorn, agora encharcada e desesperada, lançou seu melhor olhar de cachorrinho para Yoko. "Podemos conversar sobre você me ajudar com minhas falas?" Ela implorou, com uma piscadela que tentava mascarar a urgência em sua voz.

"Cinto de segurança." Yoko ordenou depois que Faye entrou no carro, ela suspirou, mas obedeceu ao pedido mesmo assim. Apsara, ao volante, sorriu satisfeita e ligou o rádio. Uma música de alguém que Faye nunca escutaria começou a tocar e ela mudou a estação.

Yoko mudou de volta, seu nariz torceu em aborrecimento. Então Malisorn mudou de estação mais uma vez, com olhos sorridentes ao perceber que Yoko a havia deixado ganhar. Ela cobriu a boca com a mão para esconder o sorriso.

"Eu desisto." Yoko se rendeu, encarando a estrada.

"Obrigada." Faye disse, mais do que satisfeita consigo mesma. "Você é tão previsível, fofinha."

Com um movimento rápido e preciso, Yoko girou o carro para a pista central, dirigindo do outro lado da estrada. Faye agarrou o painel, olhando para ela em estado de choque. "O que-?"

"Então você vai tentar? Com a peça?" Yoko perguntou com os olhos fixos na estrada.

Faye, ainda em estado de choque, olhava de Yoko para fora pelo para-brisa. Faróis de outro carro se aproximavam rapidamente, vindo em sua direção.

"SIM!" Ela gritou desesperada e Yoko manobrou o carro de volta para a pista da direita, sorrindo.

"Mesmo?" Ela perguntou, se convertendo de volta à doce Yoko Apsara que era trinta segundos atrás.

Faye, abandonando seu ar indiferente, ponderou sobre o assunto enquanto brincava sem jeito com seu chaveiro. "Sim, Dang vai me expulsar da escola se eu estragar a peça de qualquer maneira. Ou estragar qualquer coisa, na verdade," ela admitiu com um suspiro.

Yoko, em voz baixa, murmurou para si mesma: "28 e 42."

Malisorn tentou agir como se não tivesse ouvido ou se importado, mas a quem ela estava enganando?

"O que são esses números?"

Yoko, sem desviar os olhos da estrada, respondeu: "28 é fazer algo ilegal. 42 é fazer amizade com um inimigo. É como uma lista de tarefas para minha vida. Se você não consegue imaginar o futuro, você não terá um."

Faye revirou os olhos, mas um toque de intriga se misturava em seu olhar. "O que mais você tem nessa lista? Alguma coisa no sentido de obter uma nova personalidade?"

Yoko resmungou algo baixinho, que Faye não conseguiu entender. Isso a fez sorrir. "Você está me perguntando para zombar de mim ou você realmente quer saber?"

"Talvez um pouco dos dois." Faye respondeu, honestamente, e as duas sorriram.

"hum... Passar um ano no corpo de paz. Fazer uma descoberta para a medicina."

"Ambicioso," Faye observou, impressionada com a ambição da outra garota.

"Estar em dois lugares ao mesmo tempo. Fazer uma tatuagem."

Malisorn ergueu uma sobrancelha, intrigada com o último item. Talvez Lux estivesse certa sobre os "quietos" terem um lado travesso.

"Qual é o número um?" ela perguntou, ainda mais curiosa.

Yoko, com um sorriso malicioso, respondeu: "Eu diria a você, Fa, mas então eu teria que te matar."

Faye, contagiada pela brincadeira, não pôde conter uma risada genuína. Olhando pela janela, ela avistou o estacionamento de uma lanchonete, iluminado pela chuva através do letreiro de néon. Apesar da mínima chance de ser vista, a paranoia a levou a se inclinar para frente no carro, tentando se esconder.

Yoko olhou pela janela de Faye e depois para a garota abaixada, sorrindo com sua tolice.


XXX


Faye se sentou em sua varanda com Lux, que tinha vindo para ajudá-la a ensaiar como uma forma de se desculpar por dispensá-la no ensaio.

"Vim ver se você está pronta." Lux leu o roteiro, sem rodeios.

"Dê uma boa olhada, querida, porque a única coisa para a qual estou pronta é um cochilo." Faye leu suas falas, havia definitivamente uma melhora desde a última vez.

Continuou assim por um tempo, e Lux realmente conseguiu ficar séria por mais tempo do que o esperado, mas todas as coisas boas chegam ao fim.

Lux logo começou a fazer de cada linha da peça uma insinuação tornando impossível para Faye manter a concentração.

"Vamos, Lux! Você sabe que só tenho três semanas para memorizar essas falas!" Faye implorou, a frustração evidente em sua voz.

Lux, com um sorriso irônico nos lábios, respondeu: "Amiga, você não conseguiria fazer isso nem se tivesse três meses. DeNiro não conseguiria fazer essa porcaria funcionar."

Faye revirou os olhos, irritada com a provocação. "Olha, eu não escrevi isso, está bem? É uma peça da escola," ela rebateu, tentando manter a calma.

Lux, continuou: "Não, mas é você que vai fazer papel de idiota na frente de toda a cidade, da escola, de seus amigos."

Faye sentiu um aperto no peito. A pressão da peça e as palavras de Lux a deixavam desanimada. "Olha, eu não tenho escolha. Então, você poderia apenas me ajudar, por favor?" ela pediu, sua voz baixa e desanimada.

Lux se levantou e colocou a mão em seu ombro. "Você sabe que estou apenas brincando com você, certo? Eu estarei lá, na noite de estreia, primeira fila, e você pode contar com isso. Com tomates."

Lux riu e Faye sorriu com ternura. Apesar da piada, ela sabia que a amiga sempre a protegeria.

"Obrigada, Lux."

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